quarta-feira, 6 de setembro de 2017

A MÃO E A LUVA

Resenha por João de Carvalho

Título: A Mão e a Luva
Autor: Machado de Assis
Editora: Martim Claret
Ano: 2005
Páginas: 141

Apreciação: 5/5

Resenha:

O título é uma bela e solene metáfora que encerra um romance, cujo desfecho realiza duas vontades alicerçadas no amor de marido e mulher. A razão mais doce desse amor, baseada na confiança e nas qualidades do pretendente, é que a descoberta do amor verdadeiro, que se deságua no casamento, é conduzida com perfeição pelo autor, profundo conhecedor da alma apaixonada.

Impera sobretudo a força de vontade da mulher, Guiomar, que entre três admiradores escolhe, com base na razão, seu verdadeiro amor. Entre três pretendentes, apenas um lhe toca o coração feminino. Dois são descartados com categoria e elegância, contrariando as opiniões de duas senhoras, hábeis na sugestão de conquista amorosa, mas que queriam apenas um casamento arranjado, sem o amor consciente de Guiomar. Daí o título “A mão e a luva”. O verdadeiro amor venceu a disputa pelo feliz enlace.

Os personagens são: Guiomar, Mrs Oswald, Jorge, Estevão, a Baronesa e Luís Alves. Na rápida, fácil e atraente história de amor, um bilhete de Guiomar, em que estava escrito “Peça-me”, resolve a parada que culmina com o casamento consciente, sem outras consequências, que não a decepção de dois enamorados dela, a verdadeira dona da situação.

Este romance supercativante traz uma introdução muito interessante, realizada pelo escritor que, várias vezes, conversa com o leitor, sondando-lhe a opinião.

A Mão e a Luva  foi escrito em 1874, em forma de folhetim, para publicação diária em jornal, e alcançou grande sucesso na época. Hoje, agrada muito ao amante de um bom e rápido romance, explorado na essência, de maneira agradável e elegante.  Começa bem, continua crescente. Termina com “Guiomar e seu par escolhido de mãos dadas”, bem unidas, como a mão e a luva.

É uma leitura para quem gosta de um bom romance de autoria de Machado de Assis (1839-1908), o mais ilustre e apreciado escritor do Brasil. Esse livro é uma simbiose entre classicismo e romantismo. Omiti o nome do pretendente escolhido por Guiomar, na expectativa de que você, leitor, leia-o com emoção.


Boa Leitura!

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