quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O CRIME DO PADRE AMARO

Resenha por João de Carvalho

Título: O Crime do Padre Amaro
Autor: José Maria Eça de Queirós
1ª publicação: 1875
Editora: Martin & Claret
Páginas: 420

Apreciação: 3/5

Resenha:

  
É uma obra essencialmente do realismo português. Pertence à segunda fase e corresponde ao tempo  literário de “Os Maias” e “O Primo Basílio”.

O livro, ora apresentado é de 1880, cujo superautor é Eça de Queirós (1845-1900), formado em direito. Atuou como cônsul em Havana, Londres e Paris. Participou da chamada “Questão Coimbrã” que marcou o início do Realismo na literatura Portuguesa.

O celibato é uma disciplina da igreja, portanto, pode ser alterado. Não é uma doutrina, um dogma que não poderiam ser alterados, penso eu. Na verdade há muitos motivos históricos e teológicos que são pró e contra a disciplina do celibato (este é o estado de uma pessoa que se mantém solteira, sem vida sexual). Na verdade, hoje, como autêntica e formal disciplina eclesiástica, vigora a doutrina do celibato sacerdotal, muito combatida, mas sempre seguida e louvada pela doutrina da Igreja Católica, Apostólica, Romana.

“A trama de O Crime do Padre Amaro é ambientada em Leiria, uma cidade provinciana ao norte de Lisboa, fortemente influenciada pelo clero.  Este romance, cujo subtítulo é “Cenas da Vida Devota”,  analisa a corrupção e a depravação dos costumes a partir de um caso amoroso entre o Padre Amaro e Amélia moça solteira que acreditava piamente nos religiosos” (Português, ensino médio, página 405, de Nicola, Floriana e Ernani). 

Enfim, o celibato é uma questão que não está em estudo ou cogitação dos Papas atuais, portanto não se justifica um simples e elementar comentário nosso sobre o problema que vem enfrentando séculos de discussão e estudos. Quem já leu o livro denominado “O Seminarista” de Bernardo Guimarães tem uma noção bastante aproximada, não idêntica, sobre o Crime do Padre Amaro, explorando este assunto, em grau elevado.

Recomendo este livro aos leitores estudiosos e criteriosos que tenham a sabedoria de distinguir e avaliar as leis religiosas vigentes, para uma reflexão serena e atual.

Boa leitura!


Obs: Livro publicado pelas editoras : L&PM, Record, Ática, Moderna ,Scipione e Martin & Claret.

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