quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

LIGAÇÕES PERIGOSAS

Resenha por João de Carvalho

Título: Ligações Perigosas
Autor: Pierre Ambroise François Choderlos de Laclos
1ª edição: 1782
Editora: L & PM
Páginas: 416

Apreciação: 4/5

Resenha:  


O autor deste livro viveu entre 1741-1803. Francês, de Amiens, militar, desconhecido mas pertinaz nos seus desejos, tendo também se dedicado à organização de festas públicas da Revolução Francesa. Morreu quase esquecido, mas sua garra ficou para sempre neste único livro de sua autoria.

É um romance, cujas personagens são retratos de pessoas que ele conheceu. Ambientado na época da Revolução Francesa, através de um estilo clássico, sólido, elegante, sendo ele um tipo muito comunicativo e operoso.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

OS MAIAS

Resenha por João de Carvalho

Título: Os Maias
Autor: Eça de Queirós
1ª publicação: 1888
Editora: Martin Claret
Páginas: 592



Apreciação: 5/5

Resenha:

 Esta é a melhor obra do realismo português, cujo autor é Eça de Queirós (1845-1900). Pertence à segunda fase de sua obra literária.

Retrata, com ênfase, a alta sociedade portuguesa e seu romantismo decadente. Descreve também a alta burguesia e aristocracia com seu ócio, jogatinas, corridas de cavalo, festas noturnas, adultérios, incestos.

A trilogia de Eça de Queirós se justifica com seus livros: O Primo Basílio, O Crime do Padre Amaro e Os Maias.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

MANHÃ DE NÚPCIAS

Resenha por Mara Carvalho

Título: Manhã de núpcias
4º volume da série “Os Hathaways”
Autora: Lisa Kleypas
Editora: Arqueiro
Ano: 2014
Páginas: 272


Apreciação: 5/5

Resenha:

 O quarto livro traz a história de Leo, Lorde Ramsay.

O único homem da família Hathaway e que tem a responsabilidade de cuidar de todos. Entretanto, esta incumbência não vinha sendo bem realizada por Leo. Após a morte de sua noiva Laura ele se entregou a todo tipo de excessos.

Somente após uma temporada na França por 2 anos para acompanhar sua irmã Win em tratamento médico é que ele volta a ser o antigo Leo. Agora ele está bem mais responsável e comprometido com a família.

domingo, 18 de dezembro de 2016

EPIGRAMA


                                                Ernesto Cardenal

Ao perder-te eu a ti
tu e eu é que perdemos

Eu porque tu eras
quem eu mais amava

E tu porque eu era
quem te amava mais

Mas de nós dois tu
perdes mais do que eu:

Porque eu poderei amar
a outras como amava a ti

Mas a ti não te amarão
como te amava eu.

sábado, 17 de dezembro de 2016

IDENTIDADE

Resenha por Lívia Alves
Título: Identidade
Autor: Brook. J. Sullivan
Ano de edição: 2015
Editora: Planeta Literário
Páginas:552

Apreciação:  5/5

Resenha:

A trama é focada principalmente em Dario e na mulher que ele encontra desmaiada em sua propriedade.

Mas engana-se quem pensa que teremos aqui uma trama normal e comum de romance, onde mocinho se apaixona pela mocinha frágil, até que o final feliz chegue.

Aqui temos um romance atado a tapas, beijos e rústico como o cenário, personagens secundários com suas histórias contadas do início ao fim, os tornando parte de cada acontecimento e não apenas meros figurantes.

Um enredo envolvente, cativante e surpreendente. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

MINHAS HISTÓRIAS DOS OUTROS

Resenha por João de Carvalho

Título: MINHAS HISTÓRIAS DOS OUTROS
Autor: Zuenir Ventura
Editora: Planeta
Ano: 2005
Páginas: 270

Apreciação: 5/5

 Resenha:
  
Zuenir Ventura nascido em 1931, hoje com 85 anos, foi destacado para escrever sobre o grande escritor argelino Albert Camus. Foi um sucesso. Sua vida literária deslanchou. Hoje é um dos imortais da Academia Brasileira de Letras, sucedendo ao inesquecível Ariano Suassuna em sua cadeira literária.

Destacou-se também como jornalista, cobrindo grandes fatos e homens de grande poder político, como Nikita Kruchev, General De Gaule, John Kennedy. Quase todos os episódios mundiais, a partir dos anos 1950, tiveram sua cobertura jornalística. Sua obra literária é vasta e muito lida.

domingo, 11 de dezembro de 2016

ULISSES

Resenha por João de Carvalho

Título: ULISSES
Autor: James Joyce
1ª edição: 1922
Editora: Penguim Books
Paginas: 1112

Apreciação: 4/5

Resenha: 
  
O autor é James Joyce (1882-1941), romancista irlandês que, ao descrever Ulisses, seu notável e apreciado livro teve este comentário: Os críticos mais atentos disseram que aquele era “Um romance para acabar com todos os romances”. É um exagero, mas retratou um pensamento de época. Não buscava o fim de uma literatura. Era o destaque de um escritor excepcional.

Foi traduzido para diversas línguas, inclusive a Russa.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

GRANDE SERTÃO : VEREDAS

Resenha por João de Carvalho

Título: GRANDE SERTÃO: VEREDAS
Autor: João Guimarães Rosa
1ª publicação:1956
Editora: Nova Fronteira
Paginas:496

Apreciação: 5/5
  
Resenha:

 Literariamente, João Guimarães Rosa (1908-1967) é considerado um prosador pós-moderno, porque a prosa de ficção tinha passado por uma transformação radical.

Mineiro de Codisburgo. Foi médico e também conhecedor de várias línguas. Foi diplomata em países estrangeiros.

Sua vocação literária apareceu com o livro “Sagarana”. Imortalizou-se com Grande Sertão: Veredas.

O universo ficcional de G.Rosa se caracteriza pelo uso particular de linguagem, tratando temas próprios a todos os seres humanos. Guimarães envolve o leitor numa imensa rede de histórias.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

CLEÓPATRA

Resenha por Mara Carvalho

Título: Cleópatra
Subtítulo: Uma biografia
Autora: Stacy Schiff
Editora: Zahar
Ano: 2010
Páginas: 391

Apreciação: 5/5

Resenha:

Uma biografia riquíssima em detalhes, resultado de uma pesquisa séria é a nova obra de Stacy Schiff, jornalista e escritora americana.

A obra vem com o propósito de desmistificar a imagem da Cleópatra sedutora e insaciável como vemos nos filmes.

Ela nos apresenta Cleópatra em seu papel histórico, uma rainha do Egito que, no auge de seu poder controlou praticamente toda a costa oriental do Mediterrâneo. Uma estadista sofisticada e ardilosa.

Cleópatra VII, tornou-se rainha aos 18 anos após a morte de seu pai e herdou um reino em declínio. Governou o Egito por 22 anos, virou uma lenda.

sábado, 3 de dezembro de 2016

O BEIJO DO PAPAI

                                   Eustórgio Wanderley

Foi no tempo da guerra entre a Rússia potente
e os heroicos Nipões , calmos filhos do Oriente.
Em torno do Porto Arthur o cerco se apertava,
como um cinto de ferro e fogo que fechava
as portas da cidade a quem, valente, ousasse
por ali penetrar ou por ali passasse.
Da boca do canhão, a morte, a rir traiçoeira
partia a cada instante e na veloz carreira
a vida ia ceifando aos míseros soldados
tão desumanamente, assim sacrificados!
Quando uma tarde, que cessara de momento
canhoeira como a cobrar novo alento,
junto à linha de fogo, uma adorável criança
sem mostras de temor e cheia de confiança
aparece correndo. O olhar de quem procura
ansiosa descobrir, naquela massa escura,
de uniformes e fumo, um rosto conhecido;
o risonho perfil de um semblante querido.
Ao ver a pequenina, um japonês, um bravo,
que como língua pátria entendia o eslavo,
pergunta-lhe, tomando em suas mãos calosas
as mãozinhas da criança, alvas e cetinosas:
“__Que desejas, pequena, que procuras em meio
da tropa que aqui vês, e exposta ao bombardeio?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

MEU CRESPO, NOSSA HISTÓRIA

Resenha por Mara Carvalho

Título: Meu crespo, nossa história
Autoras: Mikaela Gabriele e Walkíria Gabriele
Editora: Crivo
Ano: 2016
Páginas: 174

Apreciação: 5/5

Resenha:

Tudo começa na infância, quando, em muitos casos, as críticas ao cabelo começam dentro da própria casa, na família, aliado a uma mídia preconceituosa que valoriza o cabelo liso e traços finos. A maioria relata discriminação na escola por causa do cabelo, causando sensação de inferioridade. Apelidos desagradáveis, risinhos de crítica e todo tipo de bullying.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

GUERRA E PAZ

Resenha por João de Carvalho

Título: GUERRA E PAZ
Autor: Leon Tolstói
1ª publicação: 1869
Editora: L & P M

Apreciação: 5/5

Resenha:

É o grande romance de Leon Tolstói (1828-1910). É a obra-prima resultante dos oitenta e dois anos de vida desse escritor que projetou os grandes problemas sociais de sua pátria e a grandiosa dramaticidade da alma russa. É um épico da literatura soviética. São mais de mil páginas. Tem mais de quinhentos personagens, mas nove têm mais destaque pela constante atuação no enredo geral do romance de ficção histórica.

Duas famílias se destacam: A Rostov e a Bolkonski. O romancista fez um confronto utilizando-se de personagens importantes e daqueles de tipo comum. A história da Rússia, na época da invasão napoleônica, em 1812, com destaques expressivos para as ações que importavam na guerra, na paz e na campanha. A par destes termos são descritos com toda vivacidade, além dos nobres, também os servos, as sociedades secretas, em face da guerra.