sábado, 5 de novembro de 2016

O CORTIÇO

Resenha por João de Carvalho

Título: O Cortiço
Autor: Aluísio Azevedo
Editora: Best bolso
(são várias editoras)
Páginas: 294

Apreciação: 5/5

Resenha:

Aluísio de Azevedo (1857-1913) autor das Massas na época, maranhense, diplomata, foi o escritor de maior representatividade do movimento literário brasileiro chamado Naturalismo. Teve como modelos Émile Zola, em sua obra “Germinal” e Honoré de Balzac famoso pela obra “A Comédia Humana”.

Aluísio viveu numa época em que a literatura procurava ser o sorriso da sociedade para mergulhar fundo na verdade da condição humana. Para dar maior e melhor visibilidade e interesse na elaboração de “O Cortiço”, ele de tamancos e cachimbo na boca ia misturar-se com as figuras do povo para melhor penetrar-lhes a humildade de condição. Sentia-lhes os problemas, apropriava-se do seu modo de falar e viver e penetrava no recesso de seus pequenos mundos.

Daí para a escrita de “O Cortiço” era apenas a recriação romanesca. Tudo feito com o máximo de realismo e naturalismo. O que foi considerado imoral na época, hoje, é texto obrigatório nas nossas disputas literárias universitárias, como indicação para vestibulares. É um retrato autêntico de uma favela.

A obra “O Cortiço” conta a história de João Romão, um comerciante de origem portuguesa bastante ganancioso, que consegue subir na vida à custa da exploração de pessoas. Dono de uma pedreira e de uma taverna constrói em seu terreno umas casinhas ordinárias, de aluguel barato, onde vêm morar as famílias dos trabalhadores da pedreira. Com ele mora a negra Bertoleza, trabalhadora incansável, supostamente alforriada, que vive maritalmente com Romão.

Neste ambiente os fatos diários acontecem. Será que o meio transforma o homem? Como as ações se desenvolvem neste ambiente promíscuo? O indivíduo será envolvido pelo meio? É neste cenário que caminha o cativante romance com uma sequência de ações objetivas de muitos personagens.

A Leitura é muito positiva, naturalista e por isto superatraente. É um livro para a atualidade literária.

Vale a pena lê-lo! Recomendo-o!


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