quinta-feira, 13 de outubro de 2016

PAU - BRASIL

Resenha por João de Carvalho

Título: Pau-Brasil
Autor: Oswald de Andrade
Editora: Globo S.A.
Edição: 2ª
Ano: 1990
Páginas: 151

Apreciação: 4/5

Resenha:

José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São Paulo aos 11 de janeiro de 1890. Faleceu aos 22 de outubro de 1954.

Temperamento irreverente e combativo. Sua obra completa, registrada neste livro, é representada por vinte e quatro lançamentos literários, abrangendo romances, poesias, críticas, crônicas e ensaios. Foi um dos principais integrantes de Arte Moderna (1922). Forma o famoso grupo dos cinco, com: Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Anita Maffalti e Menotti del Picchia. Como candidato a deputado federal em 1950, pelo Partido Republicano Trabalhista (PRT), em São Paulo tinha como slogan de campanha: Pão-teto-roupa-saúde-instrução-liberdade.

A Literatura apresenta a linguagem sob dois aspectos bem distintos. O estilo erguido, altiloquente dos mestres, como o do Águia de Haia (Rui Barbosa de Oliveira); Coelho Neto, o último heleno; Olavo Bilac, o príncipe dos poetas. Eram eles os verdadeiros deuses, incontestes, do Olimpo oficial.

A poesia de Oswald de Andrade representou uma guinada de 180º da expressividade literária da época. Os valores de então foram enfrentados pelos representantes do Modernismo desde o primeiro momento da Semana de Arte Moderna, no início da década de vinte.

Foi autor do Manifesto Antropológico e do Manifesto da Poesia Pau Brasil.

Foi considerado “o primeiro esforço organizado para a libertação do verso brasileiro” e conseguiu. É a restauração do nosso falar quotidiano.

O livro é introduzido com excelentes comentários por Haroldo Campos e Paulo Prado especialistas no assunto e escritores primorosos.

O livro é de Leitura fácil com poemas curtos, sem rima porque Oswald entendia que a poesia existe nos fatos, “Ágil e cândida. Como uma criança”. Na contracapa do livro está escrito: Os poemas de Oswald incluídos neste volume fornecem pistas de nossa modernidade. Fundindo poema e prosa e abordando temas inusitados. Oswald estabelece os pontos de saída e chegada de sua transgressora linguagem poética resgata a ação da fala e reescreve a nossa língua de forma natural e neológica”.
É um livro para quem gosta de um estilo direto, sem rima e muito representativo da revolução literária.

Boa Leitura poética da realidade.



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