terça-feira, 10 de maio de 2016

IRACEMA

Resenha por João de Carvalho                                    

Título:  Iracema
Autor: José de Alencar
Ano de publicação: 1865

Apreciação:  5/5

Resenha:

Com este romance José de Alencar (1829 – 1877)  apresenta-se como escritor de alta força descritiva que envolve os  personagens da floresta brasileira. 

Soube também traçar com maestria os perfis de mulher, em outros romances. 

Alencar tornou-se um grande escritor consagrado ainda em vida, acumulando, dizem seus biógrafos, sucessos com suas narrativas quase sempre publicadas nos folhetins do Diário do Rio de Janeiro. 

Iracema (A virgem de Tupã) é o nome de uma das mais belas praias do Ceará. Famosa índia Tabajara conhecida como “A virgem dos lábios de mel, de cabelos negros como as asas da Graúna”. 

Com este romance Alencar incorporou-se ao movimento indianista, podendo ser considerado como o Patriarca da literatura brasileira. Ele é um Cearense de Mecejana. 

Assim, podemos focalizar o enredo: 
“Um guerreiro branco, vindo do Rio Grande do Norte, chamado Martim, chega à aldeia dos índios Tabajaras, onde encontra   Iracema, que, após estranhar sua presença dá-lhe as boas vindas e o conduz à cabana de seu pai, Araquém. Martim é recebido como se fosse esperado, um enviado de Tupã, o deus dos indígenas, e assim é recepcionado pelo velho. Os guerreiros tabajaras se reúnem na aldeia e se preparam para a guerra. Em meio aos preparativos surge o amor entre Martim e Iracema, mas ela, como virgem de Tupã, não pode se casar. O castigo seria a morte de ambos. A trama vai-se intensificando. O enlace acontece! Iracema se entrega a Martim, sabendo que se entregava também à morte. Martim é batizado como guerreiro. Surge um grande amigo, chamado  “Poti”, extraordinário companheiro! O grande acontecimento é o nascimento do filho do casal, chamado Moacir. A bela história avança com muitas surpresas e um final inesperado.”

O cenário é a natureza cearense em toda sua exuberância. 

O tempo é rigorosamente cronológico, entre 1608 e 1611. 

O foco narrativo se coloca fora da cena, espacial e temporalmente. 

O tom do narrador é de quem conta uma bela história. 

O próprio autor declara que o texto é uma lenda. Que lenda bem estruturada! 

Predomina a linguagem denotativa que conduz o leitor pelo desenrolar da ação. A valorização do índio é a principal meta Alencariana. 

Enfim, lembro que o nome IRACEMA é um anagrama de AMÉRICA. 

É um excelente romance, com a linguagem de época.

Recomendo sua leitura. 

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